O dia a dia da FAVELA sem ÁGUA por Pamela Franco nossa aluna e monitora.
Sempre fazemos perguntas que muita das vezes não há uma resposta certa, mas sempre fica uma dúvida, um questionamento, algo a pensar. Bom, porque falta tanta coisa nas favelas? No início do mês de março, a Chatuba o bairro mais populoso de Mesquita que já sofre com a falta de água ficou sem abastecimento, pois como se não bastasse o caos das fortes chuvas a comunidade inteira vem sofrendo sem o abastecimento de água.
O dia a dia ficou cada vez mais crítico e os problemas mais eminentes, a procura de água era muito grande, muitos não tinham uma gota para beber, tendo em vista que a maior concentração na comunidade é de crianças.
Muitos não tem o saneamento básico em casa o que fica mais difícil da água limpa chegar, durante o tempo sem água a comunidade se ajudou como podia, tinham pessoas que conseguiram comprar águas em mercados e outras que saíam da região em busca.
É triste pensar que em outros lugares existe um grande desperdício e nas periferias falta de tudo. Por mais que em alguns pontos tenham caído água, muitos ainda não têm esse “privilégio”, faltam tantos recursos, falta o amor ao próximo, a solidariedade, o respeito e uma visão mais amável para quem realmente precisa de ajuda!
Percebemos que para muitos a água é tão simples, tão normal, mas ao ouvir diversos relatos de pessoas que a todo instante queriam só ter um pouco de água para tomar banho, beber, e cozinhar. Uma das frases mais marcantes que ouvi foi: “- Aqui, se a gente não morrer doente, vamos morrer com sede.” As favelas precisam ser tratadas com mais RESPEITO, com mais AMOR e sem DESIGUALDADE DE CLASSES SOCIAIS!
Essa foto é real, e foi tirada em uma das casas de famílias que atendemos. Sim, essa é a forma que essa família tem para abastecer água.